As Galerias Romanas de Lisboa reabrem em setembro

Para os apaixonados por História e lugares "escondidos", as Galerias Romanas da Rua da Prata vão reabrir em setembro com quatro dias de visitas guiadas imperdíveis. 

Lisboa, uma cidade cheia de "segredos"

Lisboa ainda guarda segredos subterrâneos como este, um verdadeiro tesouro, situado na Rua da Prata, que ocasionalmente abre as suas catacumbas para uma visita relâmpago… com os bilhetes a esgotarem muito rapidamente.

Por isso, se nunca visitou, ou apenas quer repetir a experiência, fique a saber que de 18 a 21 de setembro, há visitas orientadas.

Esta reabertura está inserida nas Jornadas Europeias do Património e visa, mais um ano, mostrar a todos os que consigam uma entrada um dos monumentos mais enigmáticos da cidade.

As visitas subterrâneas serão guiadas pela equipa de especialistas do Museu de Lisboa, e vão realizar-se nos:

• dias 18 e 19 de setembro, entre as 14h30 e 18h30;
• dias 20 e 21 de setembro, entre as 09h30 e as 18h30.

Nos dias 20 e 21 de setembro, às visitas subterrâneas do horário das 15h30, segue-se um percurso que revela alguns dos principais locais onde a herança romana é, ainda hoje, visível.

No dia 20 de setembro, o percurso segue das Galerias até à Casa dos Bicos, e no dia 21, das Galerias até ao Teatro Romano.

As principais curiosidades destas galerias

Descobertas no século XVIII e, no início do século XX, as Galerias Romanas de Lisboa serviam como Conservas de Água da Rua da Prata.

Este criptopórtico, que foi desenhado para sustentar os edifícios ao cimo da superfície, é um dos muitos exemplos de vestígios arqueológicos que poderá encontrar na baixa de Lisboa.

Uma vez que existe uma clara proximidade com o rio Tejo, que seria o principal meio de ligação às redes de comércio do País, existe, nesta zona da cidade, várias pistas do que seriam infraestruturas para a produção e preparação de pescado, assim como uma lixeira e até armazéns.

Construído há mais de dois mil anos, este monumento não está sempre disponível para visitas, uma vez que o seu nível de água habitual é de quase um metro de altura, sendo que todos os anos (pelo menos duas vezes, em abril e em setembro) é necessário escoar toda a água para este evento especial.