Ruínas Romanas de Tróia
As Ruínas Romanas de Tróia são um dos mais importantes vestígios arqueológicos da presença romana em Portugal, situando-se na Península de Tróia, junto à margem esquerda do estuário do rio Sado, em frente à cidade de Setúbal. Este complexo arqueológico data dos séculos I ao VI d.C. e testemunha a existência de uma significativa comunidade romana dedicada, principalmente, à produção de sal e à indústria conserveira de peixe, atividades económicas fundamentais na época.
Descrição e importância
As ruínas compreendem diversos edifícios e estruturas que revelam a complexidade e sofisticação desta antiga povoação. Entre os vestígios mais notáveis encontram-se:
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Oficinas de salga de peixe: São mais de 25 tanques (cetárias) utilizados para a produção de garum, um molho de peixe muito valorizado no mundo romano.
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Termas: Restos bem preservados das termas públicas, incluindo salas quentes e frias (caldarium e frigidarium), que demonstram os hábitos de higiene e lazer da população.
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Necrópole: Um cemitério com sepulturas que evidenciam os rituais funerários romanos.
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Habitações e edifícios administrativos: Vestígios de casas e possíveis áreas administrativas ou de comércio, indicando uma comunidade estruturada.
Valor arqueológico e turístico
As Ruínas Romanas de Tróia são classificadas como Monumento Nacional e representam uma importante janela para a compreensão da romanização da Península Ibérica. O local está aberto ao público e recebe visitantes interessados em história, arqueologia e turismo cultural. As visitas guiadas permitem conhecer melhor o modo de vida dos romanos e a importância estratégica desta região na economia do Império.
Além do seu valor histórico, o sítio oferece uma experiência única, combinando património com a beleza natural da paisagem envolvente, entre o Atlântico e o estuário do Sado.